24 de jan. de 2012

Uma bóia. Duas meninas. O mar.


Uma pequena introdução:

Este texto foi construído a partir das imagens captadas por meu I Fone  de duas meninas brincando na praia ao final da tarde, dividindo uma linda bóia cor-de-rosa.


O tempo. Fico aqui pensando que a vida tem um tempo. O tempo de brincar. E o tempo de aprender. O tempo de errar. E o tempo de acertar. Em que tempo estou? Penso que no tempo de rever, de reavaliar, de repensar, de vir e voltar a ser. Escrevo estas linhas enquanto vejo no visor de meu I Fone uma das fotos que tirei na praia de duas meninas a brincar com uma bóia translúcida rosa.


 A imagem, por si só é linda. O rosa é a cor da feminilidade. Traz em si uma conotação de fragilidade. Elas estão no tempo de ser cuidadas, olhadas. De ser respeitadas e ouvidas. A cor da bóia que acompanhará suas vidas irá aos poucos mudando de cor. Virá o vermelho da paixão; virá o cinza dos dias chuvosos e duvidosos; virá o amarelo do dinheiro farto; infelizmente também virá o preto do luto; mas certamente também virá o laranja da vida agitada e os tons pastéis dos momentos suaves e serenos. A cada passagem de ano virá a bóia branca das energias renovadas, do recomeçar e do voltar a ter esperança. Na vida, sempre nos será oferecida uma bóia; uma bóia que vai nos salvar de muitas situações difíceis e uma bóia que poderemos oferecer a um novo amor para que siga conosco, boiando pelas águas do oceano. É muito bom dividir uma bóia. É muito bom mantê-la equilibrada por dois bracinhos que seguem e olham na mesma direção; para um mesmo horizonte.


Hoje, Segunda-Feira, 23 de Janeiro, retornarei à São Paulo depois destes dias maravilhosos no Rio. Nunca os esquecerei e eles - certamente - farão parte da bóia cor-de-rosa de minha vida.

As meninas e sua bóia fazem parte da paisagem.

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