20 de dez. de 2011

Feliz Natal, Nataly!


Foi no Outono de 1987, em viagem à Nova York, que encontrei em um sebo esta PLAYBOY de Dezembro de 1968. A capa, por si só, já me chamou a atenção. Uma play-mate envolta em minúsculas lâmpadas verdes e vermelhas, ela própria a representação de uma árvore de Natal. No chão, ao seu redor, um pedaço de gaze branca e sobre ela, os tradicionais presentes de Natal.


Na hora em que vi achei curioso e resolvi levá-la para casa. Tinha por volta de uns 22 anos e que mal há nisso!

A mesma já presenciou inúmeras etapas de minha vida: estava lá no início de meu namoro...


...assistiu o meu casamento, em Janeiro de 1992...


...a separação, que chegou em 2009...


...e agora está me fazendo companhia em minha vida de separado. Se pararmos para pensar, ela é verdadeiramente a mulher de minha vida.


Pelo menos está me aguentando até hoje. Sendo assim, estou devendo a ela um nome. Afinal de contas, não fica bem sair por aí me referindo à ela como " minha peladona". Vou então batizá-la. E por estarmos perto do Natal, a chamarei de Nataly.


E quero convidar você (você mesmo que está lendo neste exato momento) para ser o padrinho de batismo. Desta forma, além de eu cronista e você leitor, seremos a partir de agora também compadres. Se Nataly, à época da foto, estivesse no auge de seus 18 anos - como suponho -, hoje - se viva estiver, e assim desejo - ela é uma senhora no alto de seus sessenta e um anos. Sim, sessenta e um anos!

E não querendo fazer deste espaço um debate filosófico, levanto apenas uma questão em relação à este ensaio fotográfico. Você acha certo transformar uma linda mulher em uma árvore de Natal? Não seria esta a expressão máxima de um machismo exacerbado, capaz de transformar uma mulher em um simples objeto (no caso, árvore de Natal) de desejo? Espero que as mulheres de hoje não mais se sujeitem a este tipo de situação. Afinal, melhor que ter uma mulher como árvore de Natal, é estar com uma mulher de carne-e-osso (boazuda ou não) como sua companheira. Se vestida ou pelada, a história é outra.


E já que o nosso blog trata, em essência, dos tecidos jacquard criados e/ou desenvolvidos, apresento aqui uma estampa belíssima criada em parceria com Bianca Ranucci.


São três camadas de lantejoulas, cada uma de uma cor, entrecortadas por uma camada de cetim liso: um luxo só. Fico aqui  imaginando Nataly vestida com uma das criações de Bianca Ranucci, em plena noite de Natal.


Aproximo-me dela e tocando delicadamente a minha taça de champanhe à sua, desejo-lhe um Feliz Natal.

2 comentários:

  1. Oi Convido você ao meu blog de design sustentável-social. Obrigado!

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  2. Diversos sentimentos me envolveram neste momento ao ver seu blog, uma mistura de alegria, vontad de chorar, saudades da chacara, íamos lá todos os finais de semana e vc e seus irmãos andavam naqueles buguinhos entre as arvores, e o pé de jaca que ficava bem na frente da piscina. Lembras das roseiras da D. Rosa e comer goiaba no pé, aquelas que ficavam no fundo da chacara. Querido, obrigada pelas emoções, aproveito para dizer que de marido e mulher que eramos nas nossas brincadeiras de infancia, passo agora ser comadre!!?!.
    Adorei seus tecidos, suas criações, na verdade eu amo arte e isso que vc. faz é muita ARTE.

    Marisa
    Um grande abraço e muito sucesso
    DEUS que saudades

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