6 de out. de 2011

Limpe tudo. Menos a teia.


Tem horas na vida da gente que o melhor a ser feito é uma boa faxina. Daquelas bem pesadas, onde você limpa as más lembranças da memória; passa um pano limpo em tudo de ruim que você fez pra si e para os outros; dá uma aspirada nas relações de amor e amizade que só lhe trouxeram dor; e joga no lixo os projetos mal dimensionados que colocaram abaixo os sonhos que um dia você construiu. Só não vale limpar as teias que te ligam às coisas essenciais da vida: entenda-se aqui as viagens que lhe mostraram novas paisagens; os amores que lhe ensinaram o caminho do êxtase; os amigos que fizeram de você um bom companheiro; os trabalhos que lhe impulsionaram a ir além do que você se achava capaz.

a teia incentivadora da aranha Charlotte, do livro A menina e o porquinho
as teias no tecido que desenvolvi

Este tecido foi desenvolvido para o designer Mareu Nitschke. Usei um fio metalizado transparente para construir as teias, o que deu a ele a translucidez que vemos nas teias de aranha.

zoom in no tecido

A gente precisa olhar bem de perto para enxergar as teias, assim também como as teias da vida real. Elas estão em tudo quanto é canto. Basta a gente querer enxergar.

outra teia tecida por Mareu Nitschke

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