2 de abr. de 2013
Muro: a mostra
Em um dia triste, de chuva
somente o grafite e suas cores estendidas no muro
podem banhar de a alegria a nossa alma
Arte efêmera, feita por quem não se pretende eterno
Obra escancarada, sujeita a chuvas e trovoadas,
admiradores, vândalos e apagões de todos os tipos
A lata de spray na mão é a arma que o grafiteiro precisa
para fazer a sua revolução pessoal,
autoral e, portanto, intransferível
Fora isso, apenas uma escada e a coragem
de mudar o destino de um muro tingido de pó e fuligem,
que abandona a sua função de propriedade privada
para transformar-se num bem que é coletivo
Eu e minha alma estamos sempre em busca da arte, do design, de tudo aquilo que faz uso do lugar-comum, vira-o de ponta-cabeça e o transforma em algo totalmente original, mudando assim o sentido primeiro ao qual ele estava sujeito. Pensando nisso, acho que o grafite é a expressão cultural que melhor representa esta subversão mezzo consciente e mezzo inconsciente.
Para entender um pouco mais o que esta arte quer dizer, fui até o MUBE conferir a SEGUNDA BIENAL INTERNACIONAL GRAFITTI FINE ART.
Pude conferir de perto obras as mais diferentes de 50 artistas nacionais e internacionais convidados. A mostra consistia de painéis, instalações, telas, fotografias, pinturas, esculturas e até intervenções feitas em dois carros lá estacionados.
Dentre os artistas internacionais destacavam-se Kongo, ECB, Kress, Daze e Wernz. E entre os nacionais, Nunka, Speto, Finok, DMS e Minhau. A curadoria foi de Binho Ribeiro.
E como não pode deixar de ser, levei comigo as etiquetas que desenvolvi e/ou produzi para a marca SIRICUTICO.
São duas lojas muito especiais, uma em Moema e outra na Vila Mariana que - além da coleção de calcinhas e topes da marca - revendem uma linha de produtos de banho, velas aromáticas, incensos, bolsas, acessórios diversos e roupas de diversas marcas.
Recado do dia:
Cada um tem o seu preço.
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