2 de out. de 2012

Maria Eugênia. Esta mulher não existe.


A história que vou contar a seguir é tão fantástica que certamente ela poderia - se não fosse verdade - começar com o tradicional "era uma vez...". Isto porque a vida de Maria Eugenia é o que se pode chamar de um verdadeiro conto de fadas. 


Era uma vez uma mulher que comprava muito. Gastava muito. Para ela, luxo era poder comprar as grifes que abasteciam o seu closet, devidamente catalogadas e arquivadas por cores, numerações, marcas e estações. Haviam dois guarda-roupas distintos: um para as estações outono-inverno e outro para primavera-verão.

Não vou entrar no âmbito psicológico da questão. Dizer se ela era bipolar, obsessiva ou outra coisa do gênero. O fato é que ela tinha tesão por compras. Vinda de família tradicional da capital paulista, Maria Eugênia, fora criada com as devidas pompas e circunstâncias.


As viagens à Europa e aos Estados Unidos eram uma constância em sua vida. Ela sabia e entendia como ninguém o verdadeiro significado da palavra luxo. Em seu corpo não entrava nada que não tivesse a marca registrada da excelência. Da meia-calça, ao pente e escova que usava, tudo era de grife. A maioria, importada.


E isto se estendia para todas as áreas de sua vida: os médicos que frequentava, os hospitais em que se internava, os veterinários que levava seus cachorros de raça, as festas e recepções que oferecia a familiares, amigos e personalidades do jet set internacional em visita à cidade. A excelência de suas escolhas foi amplificada depois que se casou com João Paulo, um rico industrial paulista, de família quatrocentona.


Os mimos oferecidos por ele à amada foram aumentando conforme o tempo foi passando e as tradicionais bodas de prata e ouro foram chegando: primeiro veio o helicóptero; depois o iate e, mais tarde, o jatinho particular com autonomia suficiente para voar São Paulo, Lisboa.


Nas rodas da alta-sociedade, Maria Eugênia era conhecida como a rainha louca (por grifes). Para coroar esta fama, ela tatuou - o que o marido achou uma afronta para a sua já avançada idade - o CC da Chanel em seu punho esquerdo.


Fama, fama propriamente dita fora de seu círculo social, Maria Eugenia só alcançou depois que contratou um personal-mídias sociais. Juntamente com ele ela criou o seu blog de moda voltado ao mercado de luxo que se transformou em referência mundial para o assunto; o mesmo era editado simultaneamente em português, inglês e francês, línguas estas que ela falava fluentemente.

Nos dias de hoje você poderia tranquilamente segui-la através de seu blog; na agenda black do Facebook; através de sua página no Twitter; ou também no Instagram. E se quisesse vê-la pessoalmente - ao vivo e a cores - bastaria dar uma passada nas lojas do famoso quadrilátero dos jardins Oscar Freire/Haddock Lobo. É lá que ela marcava presença - de segunda à quinta - no período da tarde, entre as 14:30 e as 17:30.


As sextas, sábados e domingos eram reservados para uma escapadela à Angra dos Reis, onde mantinha uma linda casa encravada em uma das ilhotas locais.

Era uma vez Maria Eugenia. Uma mulher como nenhuma outra. Pode-se dizer que ela veio à Terra em edição limitada.


Para ilustrar este conto à altura de Maria Eugênia, vou contar-lhes sobre um lindo passeio que dei no último sábado, à Sala São Paulo.


Fui assistir a um espetáculo de música clássica intitulado "um certo olhar". O mesmo fora um evento patrocinado pelo banco Itaú Personnalité. Recebi o convite de uma prima e lá fui eu, levando comigo a etiqueta B.LUXO...


...afinal, o evento era a própria encarnação do luxo! Confira:


Chegando lá, fui recepcionado por uma equipe do banco que me ofereceu uma sacolinha contendo dois mini alfajor.


Fui convidado a dirigir-me ao café, onde poderia escolher entre um suco, café ou champanhe; ou tudo isso junto.


Estes dois cones de papel, continham um mix de amendoins, amêndoas, castanhas e uvas-passas. Foram oferecidos acompanhados de champanhe, vinho, suco ou água, após o espetáculo. Eu resolvi brindar aquele momento especial com champanhe.


Este é o charmoso elevador que dá acesso aos andares superiores do prédio.

 

Assim que cheguei à sala e sentei, fiz esta foto. Infelizmente não é possível fotografar ou filmar o espetáculo.


Ps: As fotos que ilustram o início do post, são do filme "Bonequinha de Luxo", estrelado pela inesquecível Audrey Hepburn.

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