Encontrava-me em frente a uma casa que, no sonho, me parecia familiar. Era o início de uma tarde de verão. Fazia muito calor. Estava acompanhado de um amigo (que não conheço). Quando você abriu o portão, sorridente, e nos convidou a entrar, vi que você era a minha namorada e aquela era a nossa casa. Já dentro, recordei-me de como ela era linda. Diferente de tudo o que se vê por aí. A construção fora feita em função do jardim que - na verdade - era um grande espelho d'água, cortado por infinitos caminhos suspensos, feitos em concreto; estes caminhos eram sinuosos e iam fazendo curvas que conduziam as pessoas à todos os cantos da casa; e eles se encontravam entre si. Na água, podia-se ver diversas plantas aquáticas, algumas com flores lilás. Fora as flores e o seu vestido longo de georgette de seda amarelo canário, tudo o mais era preto e branco; inclusive eu, meu amigo e você. Quando dei por mim, estava levando nosso amigo para conhecer a casa. Apresentava-lhe cômodo por cômodo; dentro de todos eles, podia-se ver os espelhos d'água através de portas e janelas de vidro.
Nós três conversávamos animadamente. O amigo parecia nos conhecer em profundidade. Relembrávamos fatos de nosso passado em comum e colocávamos em dia os últimos acontecimentos. Mais uma vez estávamos de volta ao jardim. De repente você começou a dançar, rodopiando seu vestido pelas alamedas. A dança era leve e divertida e os seus movimentos eram cheios de graça. Seu cabelo longo e anelado acompanhava seu corpo finalizando os movimentos. Por alguns instantes achei que você cairia na água; mas que nada, você sabia muito bem aonde pisava. Você sorria muito e estava na cara que estava muito feliz. Tirou-me para dançar. À princípio, recuei o tronco e sinalizei a você que não queria; aquilo parecia brincadeira de criança; mas o amigo deu-me um leve empurrão dizendo-me "vá". E eu fui.
Rodopiamos juntos pelos caminhos, literalmente bailando. O amigo, que tudo assistia, nos aplaudia. Compartilhava de nossa felicidade. Depois de um tempo a noite chegou. Como num passe de mágica apareceram nas bordas das alamedas copinhos de vidro com velas acesas. "Nossa, que lindo", pensei. Com o cair dos últimos raios de sol a noite foi chegando, trazendo consigo a negritude daquele cenário. Já não enxergávamos mais nada além de nossos corpos na penumbra e os copinhos ascendendo os caminhos.
Enquanto dançávamos, fiquei tentando lembrar-me de onde conhecia aquele amigo; qual seria mesmo o seu nome? Para não parecer mal-educado, cochichei em seu ouvido: "Quem é ele?". E você, para o meu espanto, respondeu: "É você, bobinho". "Como assim, eu!". "Ele é você quando você toca a campainha de sua vida e deixa entrar os seus sonhos", você completou. Depois destas palavras ouvi o som do despertador. Estava na hora de acordar.
O baile apresenta agora uma etiqueta feita para embalar sonhos de qualquer um. Ela foi feita para a marca de produtos de cama, mesa e banho ARI BERALDIN.
O designer textil, que dá nome à marca, imprime detalhes de alfaiataria e alta-costura às peças que cria. Além dos produtos de cama, mesa e banho, faz também almofadas e produtos gourmert.
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