27 de jun. de 2012

O luxo nosso de cada dia


Muito se fala de luxo. Mas nem tudo o que se autoproclama luxo, verdadeiramente o é. São múltiplas e facetadas as áreas em que este termo pode ser aplicado. Podemos aferir que existe uma banalização do termo. Qualquer pessoa física ou jurídica que produz algo que - particularmente - acredita que seja especial, corre logo a colocar o rótulo: luxo.

Porém, para que algum produto e/ou serviço pertença verdadeiramente à categoria luxo, é preciso que ele carregue características tangíveis e intangíveis que o enquadre nesta categoria. Uma das formas de se averiguar isto, é checando se este produto e/ou serviço traz em si elementos, componente, ingredientes, know-how, que verdadeiramente excedam aos demais produtos/serviços existentes em seu mercado de atuação.

Posso dizer com tranquilidade que luxo se assemelha ao tão proclamado e desejado orgasmo: muitos os desejam, mas nem todos podem alcançá-lo.

Pois foi lendo casualmente o jornal Folha de S. Paulo (edição de 2 de junho de 2005), que encontrei uma das melhores definições para o termo. Ela veio de uma área em que eu - de bate-pronto - não poderia imaginar: o chocolate.


O título da matéria de página inteira era: A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATES.


Conheça Pierre Marcolini, eleito melhor pâtissier do mundo, e seus doces artesanais.


Pierre Marcolini foi eleito o melhor pâtissier do mundo em 1995, na Pastry World Cup, principal concurso do gênero.


Veja o que ele diz entender por luxo: - No entanto, a minha ideia não era a de criar necessariamente um produto de luxo, e sim um produto de qualidade. A minha ideia de luxo é poder oferecer às pessoas algo que lhes dê um prazer único.


Não é demais! Ele, bem como sua arte de fazer doces é - sem dúvida - a expressão máxima para o termo. Pena que ainda não pude provar nenhuma de suas iguarias. Está aí uma bela desculpa para uma boa viagem a Paris.


O texto acima serviu-me de inspiração para mostrar a etiqueta bastante especial que fiz para a também talentosa pâtissier brasileira CAROLE CREMA, através de sua loja de doces LA VIE EN DOUCE. Ela foi desenvolvida e produzida para ser utilizada em uma linda sacola de pano estampada com motivos natalinos, para o Natal de 2008. Note o aspecto vintage dado a mesma; ele tinha a ver com a proposta da marca para o Natal daquele ano.


Também desenvolvi as fitas abaixo para La Vie en Douce. Elas não foram produzidas, mas valem ser apresentadas.


PS: A primeira foto deste post mostra como as criações de Pierre Marcolini são tratadas como joias.

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