Encontrei este grafite no muro de uma escola pública, em São Paulo. Achei-o bonito, apesar da personagem principal, Alice, estar com o rosto não concluído. Resolvi fotografá-lo, sem saber ao certo o que faria com ele. Isto acontece constantemente e - mais cedo ou mais tarde - a oportunidade aparece e tudo fica tão claro que às vezes fico até assustado.
Alice no País das Maravilhas era um livro que não me atraia. Achava confuso e acredito eu, nunca o li por inteiro. Tinha apenas uma vaga ideia de seu conteúdo.
Quando escrevi a estorinha deste post, estava em companhia de minha filha, Marina, e confesso, comecei a escrever sem noção do que falaria. Acabou saindo esta estória, que de uma forma ou outra, tem pontos de coincidência com a estória original. Longe de querer parecer arrogante ou pretender fazer algo "melhor" (o que não conseguiria), apenas contarei aqui a estória de minha Alice, aquela que encontrei no muro da escola.
Alice era uma menina tímida, reservada. Estava sendo criada pela avó materna, já que a mãe trabalhava pesado o dia todo, como a maioria das mães naquele país.
Todas as tardes, a partir das 16:00, lá estava a avó a esperar Alice no portão da escola.
A escola era pública, já que os proventos da mãe não possibilitavam colocar a filha em uma escola particular. Mas Alice era feliz. Boa aluna, focada, não costumava apresentar dificuldades nas matérias ensinadas.
Certa tarde, ao ir ao banheiro da escola, deparou-se com uma menina em frente ao espelho que nunca vira antes. Apesar de não conhecê-la, Alice achou-a familiar. Ela começou a conversar com Alice, perguntando-lhe se teria um tempo para acompanhá-la à um bosque, logo ali, nas proximidades. Alice, mesmo sabendo que a avó estava a lhe esperar, aceitou o convite.
Quando deu por si, estava andando em um bosque encantado, em meio a duendes, fadas e anões. Alice ficou encantada com todas aquelas maravilhas. Entrou em um lindo castelo, onde conheceu a rainha de copas...
subiu ao monte de chocolate cremoso, onde experimentou brigadeiros que pendiam das árvores feito frutas; brincou com a varinha-de-condão que as fadas lhe emprestaram, tendo feito três pedidos que foram prontamente atendidos.
As horas, não preciso dizer, passaram voando e, quando Alice viu, estava de volta ao lado da amiga, sentada em um banco de uma das alamedas do bosque.
Foi quando Alice perguntou à amiga qual era o seu nome e de onde tinha vindo, já que nunca a tinha visto na escola.
Meu nome é Alice, disse a menina, para espanto de Alice, a nossa personagem. E venho do País das Maravilhas.
É mesmo?, disse Alice? E a amiga então continuou: Eu sou você mesma e apareço sempre que você deixa de acreditar em seus sonhos. E o país de onde venho é o mesmo que você deseja estar, quando acredita que não existe mais um lugar seguro para você neste mundo. Portanto lhe digo: acredite em você e saiba que poderá se tornar uma pessoa realizada, desde que acredite em seu potencial e saiba que ele é capaz de levar-lhe para onde você desejar.
Alice, de repente, se viu novamente diante do espelho do banheiro. Sabendo que tinha muito ainda para entender sobre o acontecido, lavou rapidamente o rosto e dirigiu-se ao portão da escola, onde sua avó estava lhe esperando com os braços estendidos para abraçá-la.
Achei que o tema tinha tudo a ver com os produtos que desejo mostrar-lhes agora e que desenvolvi e produzi para uma marca infanto-juvenil de luxo recém-lançada nos Jardins, SP, chamada DHUIF.
Participei do projeto desde o início, já que o meu trabalho era conhecido por uma das sócias há bastante tempo. Desde então já fizemos várias etiquetas para cada umas linhas da marca, além de termos produzido,até o momento, três peças em metal das quais muito me orgulho de tê-las feito.
A etiqueta em destaque faz parte da linha COUTURE, feita basicamente de vestidos de festa pra lá de luxuosos. Veja aqui a riqueza da etiqueta, criada por mim, e cujas bordas têm um desenho muito especial.
A primeira plaquinha apresentada é esta vazada,com a logo, que é o Espírito Santo, inserido no centro. Produzimos a mesma em dois banhos: níquel e ouro.
Ela está sendo aplicada nestas necessaires de plush feitas em cores fluorescentes e também em detalhes de peças, como t-shirts, calças, saias e vestidos.
A segunda peça é este pequeno rebite, em níquel, com a logo em alto-relevo, que está sendo aplicado em detalhes de sapatilhas como camélias de tecido, e também em calças e shorts, em pontos estrategicamente posicionados.
A terceira peça incluirei no post assim que as sapatilhas da nova coleção de Inverno estiverem chegado à loja. Trata-se de uma linda placa, feita em três banhos, que adornará o cabedal das sapatilhas.
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