Encontrei este grafite, feito em papel, em um muro de
um prédio abandonado da rua Augusta, nos Jardins.
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Contei os passos
Medi as palavras que me revelariam a você
Ao vestir a fantasia,
Abotoei os punhos da camisa
E contei quantos botões de rosas
deixei de lhe ofertar
Com o rosto pintado
não pude reconhecer mais a minha pessoa
Os suspensórios que prendiam a calça de cetim
não revelavam a brancura de meu corpo distante do Sol
Se quiser, pode dar risada
O meu nariz era uma bola de pingue-pongue vermelha
Dentro dela respirava um homem que emprestara
a alma ao dono do circo
Deixou-a lá fazendo o espetáculo
E foi-se embora com uma velha mala de couro preta na mão
Caiu na estrada à procura de um novo picadeiro
Onde para ser feliz não fosse mais preciso vestir qualquer fantasia
Muito menos a de palhaço
Palhaço remete a circo. Circo remete à criança. Criança remete à diversão. E é com espírito de criança feliz que nasceu a MATRACA, confecção de roupas infantis, comandada pelas estilistas Claudine Faria e Luciana Barbosa. A marca procura oferecer às crianças uma roupa - que segundo elas mesmas definem - "... é uma mistura do romantismo de antigamente com uma pitada de modernidade.".
Escolhi como cenário para as fotos o CENTRO DE MEMÓRIA DO CIRCO, um museu muito bem cuidado, que resgata a história dos circos brasileiros e de nossos palhaços de todos os tempos. O museu fica na Galeria Olido, na Avenida São João, 473, São Paulo. Acompanhado de meu velho iFone e da etiqueta MATRACA, lá fui eu fazer palhaçada; no bom sentido da expressão, claro.
Recado
Você acha que faz de mim o seu palhaço,
mas quando olho para você
vejo apenas uma bola vermelha no lugar de seu nariz
Para ilustrar "o recado", apresento os grafites de MIMI THE CLOWN.
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