2 de mar. de 2013

Depois da chuva



Choveu
Cairam pedras de gelo
O vento soprou
jogando para longe 
os seus sonhos bandidos
A chuva encharcou
os seus maus pensamentos
As ruas de suas boas intenções
ficaram completamente alagadas
Os carros-chefe de seus desejos errantes
boiaram e desapareceram feito bolhas de sabão
Os trovões abafaram suas súplicas, seus gemidos
E quando você achou que iria brilhar, 
veio um raio e botou tudo abaixo
Cadê você?
Cadê a sua soberba?
Cadê o seu "eu sou mais eu"?
Depois da chuva
ninguém sabe, ninguém viu

Depois da chuva fez-me lembrar de uma escultura que se encontra no parque do Povo; ela traz um homem, executivo, de terno e gravata, correndo e tentando se proteger da chuva, debaixo de seu guarda-chuva. 


A escultura, por sua vez, fez-me lembrar da etiqueta que fiz em 2009 para a ERLU TECIDOS FINOS, em comemoração aos 30 anos da empresa. A ERLU vende tecidos para camisaria e alfaiataria. Localizada no centro de São Paulo, de suas janelas pode-se avistar o belo largo da faculdade de direito São Francisco. 


Quantos são os advogados que passam lá embaixo vestidos em ternos feitos por alfaiates que compraram os tecidos da ERLU? Com certeza. muitos deles.

Fui ao Parque do Povo para fotografar a etiqueta da ERLU junto à escultura. O parque localiza-se em região nobre da cidade, o bairro do Itaim. Lá é ponto de encontro de famílias e esportistas em busca de uma vida mais saudável.


A etiqueta tem o fundo preto e o logo em fio branco-prateado.


Depois da chuva a gente se encontra!

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