Eu sei que você não acredita em Papai Noel. Da mesma forma que não acredita em sereias, princesas, duendes, seres da floresta etc.Ficaria realmente preocupado se dissesse que sim.
Deixar de acreditar em Papai Noel acaba sendo mesmo um rito de passagem na vida de todos nós; algo que mais cedo ou mais tarde vai ter sempre um espertinho(a) que vai acabar nos revelando a verdadeira identidade deste velhinho.
Acredito que este "descobrimento" venha a ser um de nossos primeiros grandes desapontamentos na vida. Afinal, não existe nada mais confortador do que saber que apesar de tudo o que vivemos durante um ano inteiro, possamos vir a ser reconfortados com um presente deixado na calada da noite em nossa árvore de Natal.
Isto sem contar o imenso prazer que sentimos ao escrevemos (ou pedimos para alguém escrever por nós) as nossas cartinhas nas quais elencamos os nossos desejos e dizemos sobre o nosso merecimento aos presentes solicitados. Queremos todos que Papai Noel saiba que fomos e somos bons meninos.
O que acho realmente uma pena é que ao abandonarmos a crença no bom velhinho, descartemos com ela a crença em valores como a doação ao próximo; a motivação para ajudarmos ao outros sem que para isto ganhemos uma remuneração em troca; o respeito pelo sentimento e desejo alheio, mesmo que este sentimento ou desejo não venha a ser o que comungamos; a vontade genuína de bem-querer e de poder desejar os melhores votos de felicidade e amor a quem nem o nosso nome conhece.
Nós, adultos espertos e sabidos que somos, nos orgulhamos de nossa racionalidade, de nosso objetividade, de nossa assertividade, e afastamos para bem longe de nossas vidas o que chamamos de intuição, premonição, sentimento. Fechamos os olhos, desta maneira, ao que realmente importa: conhecermos a fundo nós mesmos.
Conhecermos a nós mesmos é certamente o único caminho capaz de nos conduzir a uma vida realmente feliz, feita de muitas noites felizes, se assim podemos dizer. À uma vida que pelo menos, quando um dia olharmos para trás, venhamos a nos sentirmos orgulhosos das escolhas feitas e dos caminhos traçados, de trenó, carro, moto, bicicleta ou a pé.
A vida é como um figurino que o ator usa para interpretar o seu papel. Ele tem que estar em acordo com o seu personagem; caso contrário, a estória não anda direito, não cola no público, não dá audiência e não ganha patrocínio. Se formos analisar a roupa de Papai Noel, por exemplo, veremos que ela está em acordo com o seu papel nesta estória: o de um bom e generoso velhinho que não descansa enquanto não levar o presente até a última criança existente na face da Terra. Existe papel mais bonito que este?
Para ilustrar a crônica acima, escolhi duas etiquetas que desenvolvi e produzi para a marca de roupas e acessórios infantil MERCATORE. O desafio era mostrar a parceria desta marca junto a duas outras conceituadas lojas de roupas infantis: LA E LU e VA...LUTIN.
E já que estamos falando de crianças, sonhos e por estarmos em plena festividade do Natal, fui até a avenida Paulista utilizá-la como cenário ideal para as fotos. Confira.
Às vezes a árvore de Natal mais simples é a mais linda do mundo. Para mim, esta que apresento agora é um exemplo disto. A encontrei na frente do pronto-socorro infantil do hospital Santa Catarina (Marina, minha filha, quantas vezes lá estivemos juntos). Ela é feita de bolas e enfeites confeccionados em tecido, como os fuxicos. O tecido que a recobre é uma espécie de juta. O resultado é encantador e foi nela que as etiquetas se posicionaram para as últimas fotos do dia.
Olha Os duendes que encontrei no jardim! Ou foram eles que me encontraram? À caminho de um cliente, olhei para aquele jardim e lá estavam eles, os sete anões e a Branca de Neve cercados de uma infinidade de duendes e seres da floresta. Tudo a ver com a nossa crônica sobre crenças e papéis, não acha?
Nenhum comentário:
Postar um comentário