6 de dez. de 2012

Um pouco mais para a frente


Um pouco mais para a frente havia um vilarejo
Um pouco mais para a frente havia uma pequena cidade
Um pouco mais para a frente havia uma metrópole
Um pouco mais para a frente havia uma nação
Um pouco mais para a frente havia um oceano
Um pouco mais para a frente havia um outro continente
Um pouco mais para a frente havia a estratosfera
Um pouco mais para a frente havia a Lua
Um pouco mais para a frente havia o espaço sideral
Um pouco mais para a frente haviam os outros planetas
Um pouco mais para a frente havia a via láctea
Um pouco mais para a frente haviam os buracos negros
Um pouco mais para a frente havia um imenso vazio
Um pouco mais para a frente, olhando-se para trás,
não se via mais nada do que havia ficado pelo caminho
Portanto, aprenda com a canção de Roberto:
"Daqui para a frente, tudo vai ser diferente,
Você tem que aprender a ser gente,
Seu orgulho não vale mais nada! Nada!"

Assim como a poesia acima, a gente vive andando, correndo, voando, sonhando, viajando através do desconhecido, do improvável, de um caminho que não tem começo nem fim. E é desta forma que enxergo este tecido que desenvolvi para a ALCAÇUZ. Ele apresenta uma série de círculos (planetas?) ocupando todo o espaço sideral do tecido, ao lado de alguns buracos negros. Sua base é feita com fios de algodão cru. O desenho foi bordado em turquesa, preto e branco.


Como cenário para fotografá-lo, escolhi o MUBE (MUSEU DE ESCULTURA), mais precisamente uma escultura onde aparecem dois corpos andando, cada um deles, dentro de seu próprio círculo vicioso vermelho. Inseri o tecido em um dos corpos, de forma a deixá-lo mais fashion. Fez toda a diferença. Confira a seguir:


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