Você já viu alguma dondoca que prefira ir à uma exposição de arte do que ao cabeleireiro? Já respondendo por você, eu também não. Isto, até deparar-me com aquela dondoca que vi esta semana no MASP. Ela, assim como eu, fora assistir a exposição VERMEER: MULHER DE AZUL LENDO UMA CARTA.
Quando entrei na sala onde a tela estava exposta, ela já se encontrava lá, seguindo a fila que se formara; fiquei logo atrás observando aquela linda mulher. Quando ela chegou à frente da mesma, permaneceu imóvel por uns bons minutos admirando a obra. Pelo tempo que ficou e pela expressão de seu rosto, ela adorou o que vira. Eu também.
Johannes Vermeer (1632-1675) joga em nosso rosto um profusão de luz matinal, vinda da janela aberta, à frente da qual encontra-se uma mulher grávida, em pé, lendo uma carta aberta em suas mãos.
O tom de azul de sua blusa (lápis-lazúli) é realmente encantador. Não querendo ser intrometido - e já o sendo - não sei se a dondoca estava ali para conferir o modelito da nossa colega do século XVI, ou se estava apenas seguindo a dica dada por algum professor cult da Casa do Saber. O que posso aferir, apenas, é que ela estava lá.
Já na saída, encontrei-a em frente ao vidro que adorna a parede externa do museu lendo uma mensagem em seu celular.A luz de final-de-tarde realçava a figura daquela mulher. Por incrível que pareça - assim como a mulher do quadro - ela também vestia uma linda blusa lápis-lazúli. Dá para acreditar?
Utilizei-me da figura de uma dondoca visitando o MASP para apresentar os trabalhos que desenvolvi e produzi, com muito orgulho, para a marca de bolsas e acessórios DOMDOCA.
Ela foi comandada pela designer Mariana Bernardes Fratti, de quem tornei-me - com o passar dos anos - amigo. Dentre as peças criadas, desenvolvidas e produzidas, encontram-se a etiqueta da marca; uma almofadinha que remete à uma pin-up (Marilyn Monroe) ; e um espelhinho com o logo estampado na face de metal.
Tanto a almofadinha quanto o espelho foram feitos para dar identidade às bolsas e agregar mais valor às mesmas.
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