Tudo começou com o convite recebido para uma festa infantil em uma dessas fazendinhas, lugar programado para a diversão da criançada junto aos animais. Chegando lá, fiquei encantado com a presença de um pavão que desfilava todo soberbo pelo terreiro, abrindo e fechando a cauda conforme seu ânimo e vontade.
Na hora bateu-me o desejo de fazer um tecido que retratasse um pouco a maravilha que é a plumagem deste animal. O resultado está aí, ao vivo e a cores, nestas três variantes: a primeira em fundo azul noite e bordado em tons de azul, verde e preto; a segunda, em fundo preto e bordado em lã preta, lurex preto e fio de poliéster preto. Ou seja, uma versão tom-sobre-tom. E a terceira, em fundo preto e o bordado em lurex preto, azul noite e verde. A meu ver, a variante que mais lembra o brilho e a textura original das penas do pavão.
Uma vez com os tecidos em mão, agendei com os donos da Santa Lolla para apresentar-lhes o trabalho. A idéia foi bem recebida e - feitas as adaptações necessárias para a utilização em calçados -, ela deu origem à estampa que foi realmente produzida. O tecido teve o tamanho do desenho reduzido, e as cores utilizadas seguiram a cartela de cores da marca para aquela estação.
Não importa a religião que você siga ou a crença que professa. Independentemente do que você acredita, fica difícil olhar para um pavão e não enxergar ali uma pincelada da mão de Deus. Aos agnósticos lanço aqui um desfio: tente fazer algo parecido.
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