3 de jun. de 2013

Saída


Existe um anoitecer que se faz em pleno dia.
Torna tudo tão escuro que não enxergamos mais nada.
Apaga de nossa memória as melhores lembranças,
e joga luz a tudo o que acreditávamos ter esquecido.

Tentamos nos situar tateando pelas paredes.
Queremos encontrar a saída.

Com o passar do tempo, pupilas ajustadas, passamos a enxergar no escuro.
Olhamos para a frente e vemos uma placa de acrílico iluminada indicando: saída.
Pronto, não precisamos mais nos preocupar.
Um pouco mais e veremos novamente a luz no fim do túnel.

Que tal, vamos juntos encontrar uma saída? Não existe escuridão que um dia não se faça luz; o contrário também é verdadeiro. A vida é feita de fases, às vezes mais claras, ensolaradas, outras vezes mais escuras, onde predomina o breu.

Em busca de luz, de novos horizontes, fui até o centro da cidade para subir ao topo do edifício Altino Arantes, mais conhecido como o prédio do Banespa.

Construído a partir de 1939 e concluído em 1947, ele foi por uma década o prédio mais alto da cidade, vindo depois a perder o posto para o Mirante do Vale. É interessante saber que o seu estilo foi sendo alterado durante a construção, para que o mesmo viesse a ficar parecido com o Empire State Building, em Nova York.





E como não poderia deixar de ser, levei uma das etiquetas que desenvolvi e produzi em minha companhia. Aliás, levei uma etiqueta e um galão, ambos feitos para a marca de roupas feminina FRANCISCA. Esta marca pertence a uma ex-modelo de Recife chamada Virgínia Falcão.


Suas roupas, assim como a historiografia da dona, são glamourosas, sem deixar de lado o jeito confortável da moda praia.




Feitas as devidas apresentações, vamos ao prédio do Banespa.































O piso todo do saguão do edifício é intercalado por pedras de granito e azulejos feitos em metal cromado, onde se pode ver o mapa do Brasil circundado pelo nome do banco. Foi em um destes azulejos que fotografei também a etiqueta e o galão.

















Frase do dia: A arte não tem casa. Ela mora na rua, no ateliê, na galeria de arte, no museu e onde mais houver um artista habitando o lugar.




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