A gente olha pela janela e enxerga o que? Uma imensidão de janelas, janelinhas e janelões em prédios hora luxuosos, hora de classe-média (alta ou baixa), hora os Singapuras da classe situada na base da pirâmide social (para não dizer pobre), ao lado dos casebres que formam as favelas.
São Paulo não é para qualquer um. Tem que gostar. Tem que querer. Tem que precisar. Tem que amar. É verdade que existem os pulmões verdes como os parques Ibirapuera, do Carmo, Burle Max, Villa Lobos, Aclimação etcetera; mas ainda são muito poucos. Na região central onde moro, tem uma área verde ensaiando para virar parque, porém a gente ainda não sabe se os órgãos governamentais vão ceder à especulação imobiliária. Esta área fica na esquina da Rua Augusta, em frente ao antigo Grand Hotel Ca'd'Oro e hoje, futuro grande empreendimento Ca'd'Oro. Foi neste hotel em que me casei em 1992 e ofereci uma bonita recepção aos meus convidados. Na época, o Ca'd'Oro ainda ostentava o requinte conquistado nos anos anteriores. Muitos ainda se lembram saudosos do restaurante de nível internacional que funcionava ali. Dizem que o glamour do passado vai ser resgatado neste novo empreendimento. É esperar para ver.
A imagem de cima mostra um vestido de Bianca feito com o tecido: site CHIC, DE GLÓRIA KALIL.
O recorte de baixo é da F. DE SÃO PAULO e mostra Bianca adornada com o tecido.
Podemos enxergar nele a mesma imensidão de prédios e janelas. Agora, neste momento, ocorreu-me que este cenário é um prato cheio para os chamados voyeurs de plantão. Posso até imaginá-los dependurados em suas janelas com aqueles binóculos de lente alaranjada vendidos nos faróis pelos camelôs.
E já que também falamos de São Paulo, não posso deixar de parabenizar a minha cidade, que faz aniversário hoje, 25 de Janeiro. São Paulo, eu te amo, mesmo cinzinha e sujinha e, às vezes, mal-cheirozinha que - verdade seja dita - você é. Como presente, deixo aqui uma música cujo autor, intérpretes e conteúdo representam a cara e a alma da cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário