A primeira face é a exclusividade. O consumidor dos chamados produtos de luxo move-se por aquilo que foi feito sob medida para ele. O valor inerente é apenas consequência de sua rara existência e - por isso mesmo - o ato de pagar faz parte: é um prazer.
A segunda face é o poder. O poder de decidir e comprar as coisas boas da vida. O poder de ir e vir com classe, elegância e conforto. Desde um simples sobrevôo de helicóptero pela cidade, talvez para ir de casa ao trabalho, até passar um fim-de-semana em um bangalô, sobre as águas límpidas de alguma ilha da Indonésia.
A terceira face é a do pertencimento. Pertencimento à um time de poucos jogadores onde todos são vencedores. Independentemente de se saírem vencedores ou não em determinada partida, no score final, são sempre campeões.
A quarta face é a de quem já "tem tudo" mas não se cansa de ter um pouquinho mais. Afinal o mundo está sempre lhe apresentando um produto inovador e exclusivo, algo jamais visto sobre a face da terra. Um bom exemplo disto é a do cidadão que já tem cinco carros na garagem - um para cada dia útil da semana - porém não resiste ao último lançamento daquela famosézima marca de carros. Quando isto acontece, é hora de dizer ao vendedor: "embrulhe para presente, vou levar para viagem. Pensando melhor, vou lhe dar meu endereço e você leva para mim.".
A quinta face é a face do exibir-se. Afinal, de que adianta ter tudo e não ter ninguém para contar. É nesta hora que vou contar o meu patrimônio para os parceiros nas salas exclusivas dos clubes da cidade, daqueles que para fazer parte é preciso contar com a anuência de seis ou mais sócios que vão vasculhar sua vida pregressa como cães farejadores à caça de qualquer arranhão ou fio de cabelo fora de lugar em toda a sua existência. Obtida a permissão para ingressar no seleto clube, é chegada a hora de contar os seus bens e conquistas à vontade, já que você encontra-se diante de pessoas que o que mais gostam na vida é de contar tostão por tostão tudo o que têm.
A sexta e última face do luxo é a de se dar ao luxo de viver dia a dia, por todos os dias de sua vida, sem precisar fazer as contas de tudo aquilo que se faz. E nunca fazer conta se algo é caro ou barato, porque diante de tudo o que se tem, tudo se torna - na média - muito barato. Não existe na vida maior barato que este.
Agora que você já conhece as seis faces do luxo, veja a sua mais linda representação neste tecido jacquard criado para Bianca Ranucci. Você está diante de um verdadeiro jogo de dados, todos ele coloridos com as cores da estação: cinza, verde, rosa e amarelo.
As criações de Bianca feitas com este tecido, ganharam três editoriais de moda, sendo dois deles na revista JOYCE PASCOWITCH e uma na revista CLAUDIA.
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